António Silva e Daniel Serra
São ambos cegos
LERPARAVER - o portal da visão diferente
www.lerparaver.com
O nascimento da página é resultado de uma já relativamente longa colaboração na área das novas tecnologias tendo sempre como principal objectivo a melhoria da acessibilidade à informação em suporte digital por parte das pessoas com deficiência visual.
Aqui poderá encontrar notícias, informações úteis, direitos e benefícios, ligações a páginas, e transferência de ficheiros.
Este é, seguramente, um ínfimo passo para a humanidade, mas um grande passo para quem não tem o mundo na mão ao ritmo de um clique de rato e para quem "ler" usando uma linha Braille ou um sintetizador de voz é a forma por excelência para "ver".
Marco Antonio de Queiroz
Cego, diabético e transplantado renal e do pâncreas
Bengala Legal
www.bengalalegal.com
Meu nome é Marco Antonio de Queiroz e sou conhecido também como MAQ (letras iniciais do meu nome completo). Possuo algumas características pessoais que não são comuns à maioria das pessoas: sou diabético, cego, transplantado renal e do pâncreas.
O site Bengala Legal foi criado por mim em 2 de fevereiro de 2000 e tem total acessibilidade aos programas de navegação utilizados por pessoas com a minha e as mais diversas deficiências. Ele pode ser navegado não somente através do mouse, como também totalmente via teclado. foi refeito em sua codificação, encontrando-se agora dentro dos padrões WEB sugeridos pelo W3C.
ParalisiaCerebral.NET
www.paralisiacerebral.net/
Elaborei esta página para concretizar alguns sonhos e objectivos que tenho em mente, e o primeiro é fazer com que os Portugueses em geral possam ter um lugar onde podem retirar informações sobre algumas deficiências e ao mesmo tempo aperceberem-se das nossas capacidades e de ver como somos iguais, senão superiores às chamadas pessoas "normais".
Acessibilidade em Estado de Sítio
www.euroacessibilidade.com
Pois eu, ao contrário das outras pessoas ditas normais, sei o que é subir umas escadas normalmente pelos meus próprios pés e também o sentir-se limitado fisicamente para o poder fazer.
São nesses momentos que, sentimos o quanto vale uma superfície com rampa. E quantas vezes passa despercebido para quem tem a felicidade de possuir todas as suas faculdades mentais e físicas.
Foi por esta razão e mais algumas que eu decidi construir este site.
Manuel Francisco
Paralisia Cerebral
Sou um jovem Web Designer, trabalhador do Serviço de Informática (SI) da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto.
Os computadores e a Internet dão sentido ao meu dia-a-dia, preenchendo grande parte do meu tempo.
José Pedro Amaral
Surdocego
A informática, ou seja: o computador/ Internet, surgiu na sequência de ter ficado surdocego, e, como tal, com dificuldades no acesso à informação e a impossibilidade de poder comunicar à distância, e não só, em tempo real.
Uso, portanto, um computador vulgar, sendo que para que lhe possa aceder tenho instalado um Software de ampliação de ecrã e o monitor do computador, de 19', configurado em “preto de alto contraste”.
Desta forma, e pelos motivos atrás expressos, acedo à Internet, e-mail, MSN-Messenger e tudo o mais que diz respeito a esta forma de conhecimento/ comunicação desde o primeiro momento em que, através das Ajudas Técnicas, foi colocado à minha disposição um computador com acesso à Internet; há perto de 6 anos, o que foi um verdadeiro, e incalculável, impulso numa integração que, pela surdocegueira, corria o risco de perder-se
Francisco Goulão
http://profsurdogoulao.blogspot.com/
Questão colocada no Ciberdúvidas
Assunto: Surdo-mudo/coitadinho
Pergunta:
Gostaria de saber porque é que as pessoas chamam aos surdos-mudos "coitadinhos".
A palavra coitadinho, que as pessoas chamam aos surdo-mudos, é portuguesa e é correcta ou é calão?
Francisco Goulão
Surdo-Mudo
Professor de surdo-mudos
Espinho
Michael Williams
Paralisia Cerebral
Actualmente, as minhas actividades principais centram-se totalmente no campo da comunicação aumentativa e alternativa.
Escrevo um boletim acerca de comunicação aumentativa, chamado "Alternativamente Falando". Sou membro da Comissão Executiva da Sociedade Internacional para a Comunicação Aumentativa e Alternativa ou ISAAC.
Também participo num projecto da Universidade do Estado da Pensilvânia, que investiga a possibilidade de acompanhar utilizadores de comunicação aumentativa, recorrendo ao correio electrónico.
O meu primeiro equipamento de tecnologia de apoio foi a normalíssima máquina de escrever do meu avô. Usei máquinas de escrever para comunicar, em todos os níveis do ensino básico e secundário e nos meus primeiros anos de faculdade.
A tecnologia moderna auxiliou-me imenso na minha luta para ser um ser humano completo, que participa na sociedade de forma significativa.
Se tivesse tentado comunicar estas informações com a minha voz biológica, poucas pessoas conseguiriam compreender as minhas palavras.
Gosto muito de estudar na Universidade do Delaware. Recebi uma bolsa experimental da Fundação Nacional para a Ciência...
Esta bolsa vai ser usada para desenvolver um aparelho para os surdocegos, que se destina a converter a fala em Braille e o Braille em fala, para que os surdocegos possam comunicar de forma mais independente com as pessoas que não conhecem a língua gestual.
No meu caso, desfez-se uma enorme barreira a nível de comunicação.
Andava em salas de chat a comunicar com imensas pessoas; e numa certa sala, o meu namorado estava lá...
Empresa de Web Design
www.visualhighway.com
Fui o catalizador desta nova empresa e começámos a projectar sítios na Web.
Fundação Jim Muller
www.jimmullen.com
Eu e alguns amigos abrimos a Fundação Jim Mullen e o que fazemos é tentar conseguir ou aceitar donativos de grandes empresas que já não usam o equipamento informático mais antigo e damo-lo aos menos afortunados e deficientes da cidade.
Se não tivessemos esta tecnologia... eu estaria... perdido, por assim dizer. Estaria mais dependente dos outros. Para mim é uma ferramenta para a mobilidade.
Sem o computador não temos tanta acessibilidade, porque quando navego na Net, ou escrevo um email, não há incapacidade. É um estadio igual para todos. Posso levar mais tempo, mas, não obstante, posso executar as mesmas tarefas e sou igual a vós quando uso o computador. Só não sou... neste momento talvez não seja tão rápido, só isso.
Ajuda-me a superar o que seria provavelmente devastador e uma deficiência deprimente. E leva-me a pensar: "Ainda tenho cérebro! Posso fazer muita coisa." E faço-o todos os dias graças ao meu computador. Ligo-o e posso ir a qualquer lugar.
SCIConnection
www.sciconnection.com
Desconhecendo há três anos o que eram deficiências, tinha muitas perguntas. Mas não obtinha muitas respostas, sobretudo da parte dos médicos. E achei que a única forma de as conseguir era junto às pessoas que vivem neste momento esta experiência.
Com o aparecimento da Internet e da tecnologia dos computadores posso comunicar com alguém em Chicago ou com alguêm na Rússia que sofra de alguma deficiência.
Uso o computador e o site que criei para iniciar diálogo. E também para obter respostas às perguntas minhas.
Se acordo de manhã e tenho uma questão, coloco-a na NET, para ver que tipo de respostas obtenho. E se isso desencadear o diálogo entre outras pessoas... consegui ajudar-me e a um grupo de pessoas.
Site original: http://www.acessibilidade.net/farol/temapdef.php
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